Clínica Carina Borges

Chlorella, a alga superalimento com poderes de mudar nossa saúde para melhor

Chlorella e spirulina são dois superalimentos ainda não tão populares como deveriam. Por isso, resolvi escrever um pouco sobre cada um deles – para que todas conheçam e busquem a inserção destas maravilhas na alimentação diária.

A Chlorella é conhecida cientificamente como “Chlorella pyrenoidosa”. São algas unicelulares de água doce, que pertencem à categoria de células eucarióticas, presentes no planeta há milhões de anos. Ela serviu de alimento para os soldados na Segunda Guerra Mundial e nos dias atuais também é utilizada como alimento para astronautas.

A MARAVILHA VIAJA PARA O ESPAÇO

O tamanho delas é aproximadamente o mesmo de um eritrócito humano: entre 2 e 8 micrômetros de diâmetro, ou seja, um milionésimo de metro. Ou ainda: um metro dividido por um milhão. Se preferir, também podemos dividir um milímetro por mil. Mais fácil que tudo isso é apenas entender que essas algas são muito, muito, muito pequeninas. Entretanto, apesar de minúscula, a Chlorella cumpre um papel maravilhoso em nosso organismo.

Isso acontece porque elas são compostas em 70% da mais pura clorofila. Existem pelo menos 10 tipos de Chlorella no planeta. A Chlorella pyrenoidosa é a melhor para consumo, pois é a única espécie que contém o Fator de Crescimento (C.G.F), que promove o crescimento de células e mantém a saúde do organismo. Esse componente é de valor inestimável entre todas outras substâncias ativas na alga, pois estimula a recuperação dos tecidos, protege a integridade das células e melhora a ingestão de nutrientes. Como se não fosse o suficiente, a alga ainda é responsável por auxiliar na redução de peso, pois diminui o apetite. Também é um excelente repositor energético e normalizador das funções intestinais.

O MILAGRE EM FORMA DE ALGA

Acha que acabou? Que nada. A Chlorella fortalece o sistema imunológico, protege contra agentes poluentes e tóxicos, promove a desintoxicação orgânica, auxilia no tratamento de doenças degenerativas e estados de desnutrição. Também restabelece a saúde da pele, desintoxica o sangue e regula a glicose. É eficaz no tratamento e prevenção de anemia, hipertensão, úlceras, duodeno e gastrites crônicas.

CHLORELLA: 65% PROTEÍNA, 13% CARBOIDRATO, 9% GORDURA

Diversos estudos e publicações médico-científicas, oriundas de centros de pesquisas de todo o planeta, apontam que a chlorella é um excelente produto para a saúde. Essas algas são perfeitos alimentos integrais, compostos em média por 65% de proteína, 13% de carboidrato, 9% de gordura e 6% de minerais biodisponíveis. E o mais legal é que não se trata de extratos, concentrados ou almágamas de vitaminas e minerais. Ingerir Chlorella é como comer qualquer outro alimento integral, como um brócolis ou uma banana. Não são remédios, mas sim microalgas que esbanjam tantos nutrientes concentrados, que chegam a conter todos os elementos necessários para dar sustento à vida na Terra.

PODE SER CONSUMIDA EM DRÁGEAS OU EM PÓ

Além disso, a Chlorella possui todos os aminoácidos essenciais, incluindo um alto teor de lisina, que propicia uma saúde perfeita. Fornece grandes quantidades de betacaroteno, vitaminas C, E, K e complexo B. Sem se esquecer dos minerais:  cálcio, ferro, fósforo, potássio e magnésio. A Chlorella também possui aminoácidos fundamentais, como a isoleucina, lisina, fenilalanina, metionina, treoninna, valina e histidina. Lembra da importância do triptofano, assunto que abordei na última coluna aqui na Turma da Mari? Pois é, a Chlorella também possui, e muito.

Para iniciar o consumo de Chlorella, que é distribuída em cápsulas e pode ser encontrada e lojas e sites de produtos naturais,  é muito bom buscar o acompanhamento de um nutricionista. De acordo com seus objetivos finais, a quantidade de consumo aumenta ou diminui. Por não ser um medicamento, sua dosagem depende de uma série de fatores como peso, idade e condições clínicas individuais. Além disso, como todo alimento funcional, os efeitos e benefícios das alguinhas só serão percebidos após certo tempo de adoção, que podem variar de semanas até meses, dependendo de cada indivíduo.